Cat Causos 2 – Série Frio na Barriga

CAT CAUSOS

#Série Frio na Barriga

Autor: Danny Hajek

Tradução: Carla Zampieri

Revisão: Meg Batalha

Edição: Jacqueline Moreno

Episódio 2: “Diplomacês, idioma reinventado pelos intérpretes” 

Intérpretes enfrentam as pressões da diplomacia global em reuniões de alto nível a portas fechadas. Cada palavra importa, e qualquer deslize pode ter consequências monumentais. Isso aconteceu na reunião de alto risco de 12 de junho de 2019 entre o Presidente Trump e o líder norte-coreano Kim Jong Un.

O presidente Trump também representa um desafio aos intérpretes. Ele é conhecido por não se ater aos textos escritos. Seu ex-assessor de campanha Anthony Scaramucci disse uma vez: “Não o traduza ao pé da letra, mas sim na sua simbologia”.

No início deste ano, o jornal The Washington Post relatou as dificuldades em traduzir as profanidades de Trump, como o comentário que fez em janeiro sobre “países de merda”.

O líder norte-coreano Kim Jong Il e a secretária de Estado Madeleine Albright se encontraram em Pyongyang em 23 de outubro de 2000. Tong Kim (entre Albright e Kim) serviu como intérprete do Departamento de Estado.

Reuters

A incerteza, no entanto, faz parte de qualquer idioma. É por isso que os melhores intérpretes são tanto linguistas quanto diplomatas – eles entendem a política por trás das palavras. Os intérpretes que já traduziram reuniões de alto nível, já sentiram essa pressão.

Em 23 de outubro de 2000, a então secretária de Estado, Madeleine Albright, tornou-se a mais alta funcionária norte-americana  a pisar na Coréia do Norte. Ela conheceu o ex-líder Kim Jong Il, fardado com suas tradicionais calças e jaqueta caqui, na casa de hóspedes do estado Pae Kha Hawon, em Pyongyang. O intérprete de confiança de Albright, Tong Kim, vinha logo atrás.

“Essa foi a reunião mais importante que eu já traduzi”, disse Tong Kim, que foi intérprete sênior de língua coreana no Departamento de Estado dos EUA.

Albright estava tentando persuadir o regime a abandonar seu programa de mísseis de longo alcance. Para se preparar, Tong Kim precisava aprender os jargões usados no tema de controle de armas. Ele estudou resumos ultrassecretos e leu uma dúzia de livros sobre bombas nucleares.

“Eu lia cada vez mais e mais”, afirmou ele. “Li todos os artigos de jornais e revistas acadêmicas – foi uma imersão total na tarefa de me preparar”.

Ele disse que quando começou a traduzir: “Falava como um sul-coreano”. Parecia que eles não estavam gostando, embora entendessem minha tradução, talvez não imediatamente”.

Assim, o intérprete resolveu desenvolver um sotaque norte-coreano.

“Eu treinei o idioma, a entonação e o dialeto”, ressaltou Kim. “E com isso eles se sentiram mais confiantes “.

A reunião de Albright deveria preparar o caminho para a visita do presidente Bill Clinton a Pyongyang, mas as conversações sobre mísseis entre a Coréia do Norte e os EUA pararam assim que Clinton deixou o cargo.

Agradecimento: ao Paul Connolly pela dica 🙂 e à Carla Zampieri pela tradução

I am a qualified and experienced Interpreter and Translator in the English and Portuguese languages with over ten years of experience. I provided a variety of specialised language services to private and public service clients on a freelance basis operating mainly as an Interpreter and Translator.

Main clients for interpreting services included Fiergs (Porto Alegre), Tecnopuc-PUCRS (Porto Alegre), UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre), UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos (São Leopoldo), Marcopolo and Volare (Caxias do Sul), Celulose Riograndense (Guaíba), Sport Club Internacional (Porto Alegre), Grendene (Farroupilha), Randon (Caxias do Sul), Sousa Cruz (Cachoerinha).