E os novos?

Como entrar no mercado de trabalho sem aceitar tarifas menores, quando não aviltantes?

Essa é a pergunta que ciclicamente é feita pelos recém-saídos de escolas de línguas ou de treinamento para intérpretes.

É bom saber desde o início que a profissão de intérprete não possui um plano de carreira onde se galguem degraus para postos mais altos ou salários melhores. O intérprete deve progredir em termos da qualidade do trabalho que oferece, e isso fará com que conquiste a confiança e a fidelidade de seus clientes, aumentando seu número de jornadas de trabalho e mantendo o nível de suas tarifas sem ser refém de reduções e sem prejudicar os colegas numa concorrência desleal.

É evidente que mesmo já devendo apresentar um bom desempenho desde o início, o bom intérprete se faz também com certo esforço. É preciso estar atualizado, bem informado e a par dos últimos acontecimentos em vários setores.

O sucesso só faz sentido quando comemoramos com a galera!!

Sabe-se também que no início é muito difícil ter um número de prestações ou jornadas que bastem para uma remuneração condizente com os gastos necessários à manutenção de sua cultura, conhecimentos gerais e atualização.

O que se recomenda, é que ao se lançar nessa profissão, os iniciantes, nas horas ociosas de seus primeiros tempos, além de estudar e se atualizar mantenham alguma atividade paralela, de preferência ligada às línguas em que trabalha, como a tradução de textos ou aulas particulares. Aulas e, principalmente, traduções, além do apoio financeiro, proporcionam um aprimoramento do vocabulário ao permitir maior tempo de pesquisa e maior cuidado na elaboração das frases, o que, sem dúvida, contribuirá em muito para uma maior eficiência e desempenho no trabalho de interpretação simultânea.

Preparando-se e mantendo-se sempre em contato com os colegas, em breve tempo (de acordo com os idiomas praticados) o novo intérprete poderá ocupar um lugar merecido no mercado de trabalho, sem ter seu valor aviltado e sem prejuízo das tarifas gerais.

E não esqueçam:  intérpretes são pontes humanas com nervos de aço!

Autora: Meg Batalha


Intérpretes de Conferência