¿Qué ven cuando te ven… en las redes?
Muitos profissionais e trabalhadores independentes encontram nas mídias sociais uma ferramenta muito tentadora para se mostrarem e para divulgarem seus produtos e serviços. E digo “tentadora” porque estão ali, à mão, de graça, são fáceis de usar e estão disponíveis o tempo todo. Porém, apesar da aparente simplicidade, eu acredito que vale a pena fazer uma breve análise sobre seu uso.
Compartilhar demasiadas informações, mostrar todas as nossas atividades (pessoais e profissionais) e opinar sobre diversos temas pode ser prejudicial para nossos objetivos. Porque, afinal de contas, e segundo muitos especialistas em branding pessoal, a finalidade da nossa comunicação deve ser, em primeiro lugar, construir uma reputação e uma imagem de nós mesmos, dos nossos valores e da nossa essência. Lembremos sempre que “somos a nossa própria marca” e devemos pensar muito bem como essa marca deve se comportar.
Ao pertencer a um setor tão tradicional e formal quanto o da interpretação e tradução, aprendi que devo fazer um uso muito cuidadoso da informação e das imagens que compartilho. Há eventos que me enchem de satisfação e gostaria de compartilhá-los, mas eu sei que meu trabalho aconteceu em um ambiente de confidencialidade, e não posso revelar a meus contatos os sucessos desse dia (por exemplo, uma reunião privada bilateral entre um presidente e um funcionário público).
Também, quando sou contratada por um colega para trabalhar para um cliente dele, não posso “me apropriar” do projeto, devo ser cuidadosa com a maneira que compartilho os resultados.
Sou a favor de não me exceder; de falar apenas quando tenho algo de valor a dizer, ou uma contribuição para a comunidade de intérpretes e tradutores. A “sobreinformação” (excesso de informação) gera uma sensação de “toxicidade” digital que não faz bem a ninguém. Cada mensagem que já encaminhei foi criteriosamente escolhida, posso garantir isso. Pelo menos até hoje, essa é a maneira pela qual estabeleci uma boa base e atingi grandes resultados.
E você, como se mostra nas redes sociais? Conte-me, e sigamos compartilhando experiências!
Romina Eva Pérez Escorihuela é Lic. em Interpretação de Conferências em Inglês-Espanhol pela Universidad del Salvador (USAL), Buenos Aires, especializada em interpretação inglês-português e espanhol-português pelo Estudio Lucille Barnes, Buenos Aires.
Teve a honra de ser intérprete em encontros para Nações Unidas, Casa Civil, Casa Rosada, Congresso da Nação (Argentina) e no Forum Econômico Mundial, e intérprete e coordenadora para a Embaixada do Brasil em reuniões bilaterais durante o G20 e a OMC. Atende também o mercado privado em reuniões empresariais, cursos de capacitação e congressos.
É uma das poucas intérpretes especializadas na combinação linguística inglês-português na Argentina, par que a ocupa na maioria das suas cabines de simultânea, especialmente na área médica.
Também, é formadora de intérpretes na Escola de Línguas Modernas da USAL, nas matérias Interpretação Consecutiva I de inglês e Interpretação Simultânea de português, e é membro ativo da Associação Argentina de Tradutores e Intérpretes (AATI), através da qual oferece cursos e palestras para a comunidade profissional.
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