Muito além do inglês e espanhol: Por que a diversidade linguística é importante na tradução e interpretação
Quando pensamos em tradução e interpretação, é quase automático imaginar projetos envolvendo inglês e espanhol. Afinal, essas línguas dominam os mercados globais e regionais, estão presentes em conferências internacionais, manuais técnicos, filmes, acordos diplomáticos e e-mails corporativos. Mas, quando falamos em comunicação verdadeiramente acessível, ampla e inclusiva, a visão deve ir além dessa limitação.
A realidade é que o mundo (e o Brasil!) é muito mais diverso linguística e culturalmente do que o senso comum sugere. É justamente por isso que não nos limitamos aos idiomas de alta demanda comercial no Catálogo de Tradutores. Temos profissionais que atuam com qualidade e excelência em Libras e Audiodescrição, garantindo acessibilidade. E também idiomas considerados menos comuns, como japonês, russo, chinês, árabe, coreano, turco, dinamarquês, crioulo haitiano, indonésio, sueco, tupi-guarani, etc.
Para nós, a linguagem é mais do que ferramenta: é conexão humana, é inclusão, é direito.
Atender a idiomas menos comuns é uma necessidade
Uma das ideias mais comuns e enganosas no mercado linguístico é a de que certos idiomas “não compensam” ou “quase não são procurados”. Mas basta olhar com atenção para o contexto atual para perceber o contrário.
O Brasil é, por exemplo, um destino cada vez mais frequente de migrantes e refugiados de países como Haiti, Síria, Afeganistão, Senegal, Congo e Venezuela, com idiomas diversos que vão do crioulo haitiano ao dari. As universidades brasileiras recebem professores e pesquisadores convidados da Ásia (Oriental, Central, Sudeste e Sudoeste da Ásia) e da África. O comércio exterior lida diariamente com contratos, catálogos e treinamentos para mercados como China, Japão, Turquia e Emirados Árabes. E empresas de tecnologia firmam parcerias globais com times de Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Suécia e Dinamarca.
Mesmo em produções culturais e audiovisuais, há uma abertura crescente para outras línguas, seja em documentários, dublagens ou projetos educativos multilíngues – vide o sucesso planetário de produtos culturais de idioma coreano, chinês e árabe, por exemplo.
Ou seja: a demanda existe. E está crescendo. O que falta, muitas vezes, é uma estrutura que reconheça, valorize e atenda essa diversidade.
Traduzir o “invisível”: idiomas como ferramentas de pertencimento
Quando um serviço de tradução ou interpretação contempla apenas os idiomas mais comuns, ele comunica, ainda que de forma indireta, que outras vozes são secundárias. Que há pessoas e culturas que não merecem ser ouvidas, que não têm lugar na mesa de negociação, no palco do evento, na sala de aula ou no atendimento médico.
Por isso, oferecer atendimento e comunicação com uma gama ampla de idiomas não é apenas uma estratégia de mercado: é uma posição ética. É reconhecer que cada idioma carrega um modo de ver o mundo, uma forma de nomear o que importa, um conjunto de referências que merece ser respeitado.
É também um passo fundamental para construir ambientes mais plurais, respeitosos e inclusivos, especialmente em instituições públicas, empresas com atuação internacional e iniciativas de impacto social.
Diversidade linguística é prática, não discurso
No Catálogo de Tradutores, lidamos todos os dias com demandas que fogem ao padrão. Já realizamos projetos que envolvem a tradução de material técnico para o indonésio, interpretação em visitas de delegações ao Japão, processos de validação de importação para empresa de Seul, acompanhamento em atendimentos de saúde com refugiados haitianos, tradução de conteúdo cultural em árabe, entre muitos outros exemplos.
Temos consciência de que cada uma dessas entregas não apenas resolve uma necessidade pontual, mas abre espaço para o outro, para que mais pessoas participem plenamente de experiências, decisões e oportunidades.
Essa diversidade também exige preparo. Trabalhar com idiomas menos comuns requer sensibilidade intercultural, domínio técnico e rede confiável de profissionais, e por isso buscamos proporcionar um ecossistema colaborativo que conecta especialidades, regiões e contextos.
Se você precisa de um idioma que parece raro ou incomum, saiba que ele não é invisível para nós. Traduzimos, interpretamos e tornamos a comunicação possível nos mais variados contextos: eventos, vídeos, cursos, arte, visitas técnicas, reuniões diplomáticas, atendimentos institucionais e muito mais. Conheça a diversidade em nossa rede de profissionais clicando aqui.