Uma profissão desconhecida: a tradução juramentada na Argentina
Una profesión desconocida: el traductorado público en Argentina
Autora: Melisa Ruffini
La carrera del traductorado público, como lo llamamos en Argentina, presenta algunas diferencias con respecto al traductorado en otros países.
El traductorado es una carrera universitaria que se estudia durante cinco o seis años en la que no solamente se estudia español y otro idioma, sino que también se estudia derecho en los dos idiomas.
En el caso de la Universidad de Buenos Aires (UBA), por ejemplo, los traductores compartimos diez materias de derecho con la carrera de abogacía. Luego, tenemos materias específicas del traductorado en las que se estudia, por un lado, materias lingüísticas del español y del idioma elegido, y por el otro, derecho comparado entre nuestro sistema jurídico y los del otro idioma (en el caso del inglés, por ejemplo, se estudia en profundidad el funcionamiento del régimen legal anglosajón en Estados Unidos y el Reino Unido). Esto nos permite poder comparar institutos jurídicos entre ambos sistemas y nos da herramientas para buscar equivalentes funcionales (en el caso de que existan), y así evitar hacer una traducción literal que muchas veces termina dificultando la comprensión por parte del lector.
En el caso de los idiomas más comunes (inglés, portugués, francés, italiano y alemán) la carrera se cursa regularmente. Sin embargo, también existe la posibilidad de estudiar idiomas considerados “minoritarios” a través de un sistema de exámenes libres en las materias específicas de lengua extranjera.
Una vez graduados, y luego de obtener el título, los traductores tenemos que matricularnos en un colegio profesional para poder quedar habilitados para hacer traducciones públicas, es decir traducciones certificadas. Se nos asigna un número de matrícula y de inscripción, y registramos nuestro sello y firma. En general, los documentos que requieren este tipo de legalización son documentos personales (partidas de nacimiento, defunción, certificados de antecedentes penales) para presentar en el exterior o documentos privados de derecho (contratos, escrituras, estatutos societarios, etc.). Las traducciones deben cumplir con un formato en particular: no debe haber espacios en blanco en la hoja, se cosella la traducción con el original y se agrega una fórmula de cierre al final, además de la firma y el sello del traductor o traductora. Hay un colegio en la ciudad de Buenos Aires y en algunas de las provincias argentinas y el formato de la traducción va a depender del colegio en el que se presente la traducción.
Para poder traducir e interpretar para la justicia debemos inscribirnos en el Poder Judicial como peritos. En esos casos, se suelen traducir mayormente expedientes y resoluciones judiciales.
La profesión de traductor público puede ejercerse dentro de una empresa, en el estado o como autónomo. En cualquiera de los casos es una profesión muy gratificante, ya que nos permite crear puentes entre personas, culturas e idiomas.
Uma profissão desconhecida: o tradutorado “público” na Argentina
A carreira do tradutorado juramentado, ou “público” como é chamada na Argentina, apresenta algumas diferenças em relação ao tradutorado em outros países.
O “tradutorado público” é uma carreira de nível superior para a qual se estuda durante cinco ou seis anos, na qual não somente se estuda espanhol e outro idioma, mas também se estuda Direito nos dois idiomas.
No caso da Universidade de Buenos Aires (UBA), por exemplo, os tradutores compartilham dez matérias de Direito com a carreira de advocacia. Também há matérias específicas do tradutorado nas quais se estudam, por um lado, matérias linguísticas do espanhol e do idioma escolhido, e por outro, direito comparado entre o sistema jurídico argentino e os do outro idioma (no caso do inglês, por exemplo, se aprofunda no estudo do regime legal anglo-saxônico nos Estados Unidos e no Reino Unido). Dessa forma, comparamos o arcabouço jurídico entre os dois sistemas e dispomos de ferramentas para buscar equivalências funcionais (caso elas existam), e evitamos fazer uma tradução literal que muitas vezes acaba dificultando a compreensão por parte do leitor.
No caso dos idiomas mais comuns (inglês, português, francês, italiano e alemão), a carreira pode se cursar de forma regular. No entanto, também existe a possibilidade de estudar idiomas considerados “raros” por meio de um sistema de exames livres nas disciplinas específicas da língua estrangeira.
Uma vez formados, e após obter o título, os tradutores têm de se matricular num colégio profissional¹ para estarem habilitados a fazer traduções públicas ou juramentadas. Os tradutores recebem um número de matrícula e de inscrição e registram seu selo e sua assinatura. Em geral, os documentos que requerem este tipo de certificação são documentos pessoais para apresentar no exterior (certidões de nascimento, óbito, antecedentes criminais, etc.) ou documentos privados de direito (contratos, escrituras, estatutos societários, etc.). As traduções têm um formato determinado: não devem ter espaços em branco, a tradução deve estar co-selada com o original e deve se adicionar uma fórmula de fechamento² no final da tradução além da assinatura do tradutor ou da tradutora. Existe um colégio na cidade de Buenos Aires e há outros em algumas províncias argentinas, e o formato da tradução vai depender do colégio no qual ela será apresentada.
Para poder traduzir e interpretar para a justiça devem se inscrever no Poder Judiciário como peritos. Nesses casos, os documentos mais traduzidos são expedientes e resoluções judiciais.
A profissão do tradutor público pode ser exercida numa empresa, no estado e de forma autônoma. Em qualquer dos casos é uma profissão muito gratificante, já que permite criar pontes entre pessoas, culturas e idiomas.
- Os colégios profissionais são órgãos nos quais se inscrevem os tradutores, análogos às juntas comerciais no Brasil.
- Uma fórmula de fechamento é um texto inserido ao pé da tradução, que contém a data, o lugar, os idiomas e a quantidade de páginas da tradução.
Melisa Ruffini es traductora pública de inglés de la Universidad de Buenos Aires. Estudió interpretación de conferencias en idioma inglés en el instituto Mc Donough y en idioma portugués en la USAL en Buenos Aires.
Actualmente, trabaja como traductora pública e intérprete de forma autónoma para diversas empresas, organismos del estado y clientes particulares, está asociada a una Cooperativa de servicios lingüísticos en Buenos Aires y es auxiliar docente de la materia Interpretación I en la Universidad de Buenos Aires.
Sus idiomas de trabajo son español, inglés y portugués y sus áreas de especialización son derecho, ingeniería mecánica, y economía y política.
Melisa Ruffini é tradutora juramentada de inglês formada na Universidade de Buenos Aires. Estudou interpretação de conferências em idioma inglês no instituto Mc Donough e em idioma português na USAL em Buenos Aires.
Atualmente, trabalha como tradutora juramentada e intérprete de forma autônoma para diferentes empresas, órgãos estaduais na Argentina e clientes particulares. Está associada à uma cooperativa de serviços linguísticos em Buenos Aires e é auxiliar docente na matéria interpretação I na Universidade de Buenos Aires.
Seus idiomas de trabalho são o espanhol, inglês e português. Suas áreas de especialização são direito, engenharia mecânica, e economia e política.